Translate / Google Tradutor

terça-feira, 24 de maio de 2016

A história do peixinho…



Era uma vez um aquário onde viviam peixes grandes, médios e pequenos. Ali imperava a lei do mais forte. Os alimentos atirados pelo Criador eram disputados. Primeiro comiam os maiores. O que sobrava destes era devorado pelos médios. E o que sobrava dos médios era devorado pelos pequenos. Na falta de outro alimento, os grandes devoravam os médios e estes, por sua vez, devoravam os pequenos.

Ora, havia um peixinho, muito pequenino, que morava no fundo do aquário, onde estava a salvo da fome e da gula dos demais. Ali, naquelas profundezas, poucas vezes caía algum alimento. Mas, o peixinho, ao invés de maldizer a sorte, enganava a fome distraindo-se a contemplar os desenhos dos azulejos, as plantinhas, a areia branca e as pedrinhas brilhantes que enfeitavam o fundo do aquário.

Um belo dia, o peixinho descobriu um ralo, por onde saía a água do aquário. Admirado, exclamou: "Então este aquário não é tudo?! Existe outro lugar onde se pode viver?! Para onde irá essa água que não pára de correr?

E, o peixinho, curioso, tentou passar pelo ralo. Mas como os
orifícios eram muito estreitos, ele dispôs-se a fazer sacrifícios, e emagrecer até passar para o outro lado.
Foi assim que, dias mais tarde, bem mais magro, e ainda assim perdendo algumas escamas na travessia, ele conseguiu o seu intento. E foi assim que ele conheceu, pela primeira vez na vida, o que é a água corrente. - Uma maravilha! O peixinho dava pulos de alegria pelo rego da água, deslumbrado com tudo. E o rego da água levou o peixinho até uma enxurrada...

Na enxurrada a corrente era mais forte e nem era preciso nadar. Bastava soltar o corpo. Que maravilha! Quantos peixinhos livres! Quantos barquinhos de papel! E o sol? Que coisa linda!... E aqueles tontos, lá no aquário, a pensar que aquilo é tudo, aquela água parada. Coitados!!!

A enxurrada levou o peixinho a um riacho. O peixinho nunca imaginara tanta água junta. Nunca vira crianças a nadar. Nunca conseguira ver tantas plantas, tantas flores, tanta beleza junta! E julgou que estivesse a delirar. Quanta comida, quanta água, quantos lugares onde viver em paz, quanta felicidade para todos! Ah! E aqueles pobres coitados lá no aquário... se vissem isto tudo!

E o riacho levou o peixinho até o rio.

Não. Não é possível! Isto não existe! Olha quanta água! Parece não ter fim. Quanta comida! Quanto sol, quanta luz, quanta beleza! E foi assim, extasiado, maravilhado, deslumbrado, quase sem acreditar nos seus próprios olhos, que o peixinho, levado pelo grande rio, chegou enfim ao mar.

Ali, diante daquele infinito de águas, de alimentos, de luz, de cores, de plantas, de um mundo de coisas maravilhosas, diante daquela majestade toda, o peixinho chorou. Chorou comovido, agradecido, porque a alegria era tanta que não cabia dentro de si. E chorou, sobretudo, de pena dos seus colegas, grandes e pequenos, que haviam ficado lá no aquário, naquelas águas poluídas, escuras, todos espremidos, julgando viverem no melhor dos mundos. E o peixinho resolveu então voltar ao aquário e contar a boa nova a todos.

Assim, o peixinho voltou do mar para o rio (um sacrifício, porque agora a viagem era contra a corrente). Ele nadou para o riacho, para a enxurrada e da enxurrada para o rego e do rego para o fundo do aquário. E atravessou o ralo de volta...

Desse dia em diante, começou a circular pelo aquário um boato de que havia um peixinho que contava coisas mirabolantes, falava de um lugar muito melhor para viver, um lugar de amor e paz, um lugar de fartura infinita, onde não precisavam de se devorar uns aos outros. E todos acorreram ao fundo do aquário para saber da novidade. Os grandes, os médios, os pequenos, todos os peixes queriam saber o que era preciso fazer para chegar a esse mundo maravilhoso...

E o peixinho, mostrando-lhes o ralo, explicou, que para chegar ao outro mundo, era preciso algum sacrifício, pois a passagem era realmente estreita. Segundo o tamanho, uns teriam de sacrificar-se mais, outros menos. E os peixes pequenos passaram, a seguir, a escutar o peixinho, enquanto os médios e os grandes, sobretudo, consideravam-no maluco, um visionário. Onde já se viu? Impossível passar por aquele orifício tão estreito! Só um louco!

E a história do peixinho alastrou-se de tal maneira que modificou a vida no aquário, muitos dos peixes pequenos fugiram do aquário, o que enfureceu os peixes grandes que não estavam dispostos a fazer sacrifícios

Assim, e de forma a terminar com aquele alvoroço, os peixes grandes, cheios do seu poder e da sua força, acabaram por matar o peixinho… Mas o peixinho não morreu… Continuou a viver… pois a sua mensagem era imortal… passava de geração em geração...

Até hoje, a história do peixinho é lembrada no aquário.
Até hoje, há os que creem.
E até hoje há os que passam pelo ralo
e os que jamais conseguirão fazê-lo,
porque, quanto maiores e poderosos forem, tanto maior será o sacrifício exigido.

Nem sempre vencem os mais fortes… porque nem sempre os mais fortes estão dispostos a fazer os sacrifícios necessários…


E por isso está escrito:

"Filhos, como é difícil aos que confiam no poder e na riqueza entrar no reino dos céus".


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Existe em nós um tempo e um lugar para tudo !


Existe em nós um tempo e um lugar para tudo.

Há um tempo para nascer, é o tempo da alegria por existirmos.


Há um tempo para crescer, é o tempo de nos regozijarmos com as descobertas e aprendizagem de tudo o que nos rodeia. De descobrirmos os nossos sentimentos e os nossos afectos. É o tempo da descoberta dos amores da nossa vida. 

Há um tempo para sermos responsáveis e felizes com toda a aprendizagem e a experiência de vida que soubermos escolher.

Há um tempo para amarmos os pais, os avós, os filhos, os netos e tudo o que nos dá prazer – é o tempo da maturidade e do disfrutar da vida em toda a sua plenitude – é o tempo de sermos felizes.

Há um tempo em que a Vida se faz mais de responsabilidades e de aprender a aceitar aquilo que não podemos mudar e que nos magoa.

Há no nosso coração, um lugar muito especial onde retemos tudo o que de melhor vivemos na nossa vida, onde cada pessoa que nos ama e amou, deixou e deixa marcas que mais ninguém poderá apagar.

Ao lado desse lugar existe outro, porque o nosso coração é grande, é o cofre onde guardamos as melhores lembranças que abraçamos em toda a nossa vida.

No nosso coração e na nossa mente existe um lugar, onde mais ninguém pode entrar, é uma ponte, onde nós relativizamos tudo o que vivemos e onde conseguimos encontrar o espaço para nos perdoarmos a nós próprios por todos os equivocados sentimentos de culpa, para com outros, ao mesmo tempo que deixamos muito bem guardada toda a existência de quem amamos e de quem nos amou, e apenas devemos lembrar todas as horas felizes em que essas pessoas povoaram a nossa existência, porque é dessa forma que as honraremos.

Há um tempo para aceitar as doenças, e um tempo para deixar partir os nossos preciosos pais e avós, porque eles nunca nos deixarão de verdade – sem mágoas e num misto de fé e magia inerente a cada um de nós, eles farão parte das nossas vidas sempre, enquanto nós também existirmos, porque os guardámos no nosso coração e nessas lembranças que foram as mais felizes que tivemos com eles.

E quando um anjo chegar para os levar para cima de uma nuvem bonita, temos de deixá-los partir, sempre em paz e com um sorriso interior, porque fizemos tudo o que podíamos e nunca os abandonamos, devemos estar bem cientes de que eles continuarão a amar-nos e a olhar por nós, como anjos, todos os dias do resto das nossas vidas.

Não precisas desesperar-te, apenas precisas continuar a ser tu mesmo…

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Os filhos esquecerão…


“O tempo, pouco a pouco, me libertará da extenuante fadiga de ter filhos pequenos, das noites sem dormir e dos dias sem repouso. Das mãos gordinhas que não param de me agarrar, que me escalam pelas costas, que me pegam, que me buscam sem cuidados, nem vacilos. Do peso que enche os meus braços e curva as minhas costas. Das vezes que me chamam e não permitem atrasos nem esperas.

O tempo me devolverá a folga aos domingos e as chamadas sem interrupções, o privilégio e o medo da solidão. Acelerará, talvez, o peso da responsabilidade que às vezes me aperta o diafragma. O tempo, certamente e inexoravelmente esfriará outra vez a minha cama, que agora está aquecida de corpos pequenos e respirações rápidas. Esvaziará os olhos de meus filhos, que agora transbordam de um amor poderoso e incontrolável. Tirará dos seus lábios o meu nome gritado e cantado, chorado e pronunciado cem mil vezes ao dia.

Cancelará, pouco a pouco, ou de repente, a confiança absoluta que nos faz um corpo único, com o mesmo cheiro, acostumados a mesclar os nossos estados de ânimo, o espaço, o ar que respiramos.

Como um rio que escava seu leito, o tempo perigará a confiança que os seus olhos têm em mim, como ser omnipotente, capaz de parar o vento e acalmar o mar, consertar o inconsertável e curar o incurável. Deixarão de me pedir ajuda, porque já não acreditarão mais que em algum caso eu possa salvá-los. Pararão de me imitar, porque não desejarão parecer-se muito a mim. Deixarão de preferir a minha companhia em comparação com os demais (e vejo, isto tem que acontecer!).

Esfumar-se-ão as paixões, as birras e os ciúmes, o amor e o medo. Apagar-se-ão os ecos das risadas e das canções, as sonecas e os “era uma vez”… Com o passar do tempo, os meus filhos descobrirão que tenho muitos defeitos, e se eu tiver sorte, perdoar-me-ão por alguns deles.

Eles esquecerão, mas ainda assim eu não esquecerei.
As cocegazinhas e os “corre-corre”, os beijos nos olhos e os choros que de repente param com um abraço, as viagens e as brincadeiras, as caminhadas e a febre alta, as festas, as papinhas, as carícias enquanto adormecíamos lentamente.

Meus filhos esquecerão que os amamentei, que os balancei durante horas, que os levei nos braços e às vezes pela mão. Que dei de comer e consolei, que os levantei depois de cem caídas. Esquecerão que dormiram sobre o meu peito de dia e de noite, que houve um dia que me necessitaram tanto, como o ar que respiravam.

Esquecerão, porque é assim mesmo, porque isto é o que o tempo escolhe. E eu, eu terei que aprender a lembrá-los de tudo, com ternura e sem arrependimentos, incondicionalmente.

E que o tempo, astuto e indiferente, seja amável com estes pais que não querem esquecer.”


(Silvana Santo – Una Mamma Green)



Leia Também :

terça-feira, 3 de maio de 2016

É tão simples mudar o mundo… se todos soubéssemos!


É tão simples mudar o mundo… se todos soubéssemos!

Podemos mudar o mundo de alguém, tão rapidamente com um sorriso, dando-lhe esperança ou ao sentir o que ele sente.

O desafio é mudar a si mesmo, mudar o mundo a partir de dentro, e é essa a mudança que devemos abraçar. Está ao nosso alcance, pois nós somos o Mundo.

Estamos satisfeitos com o que nos tornámos?
Se não, então é preciso mudar.
O que nos impede de mudar?
Simples, nós mesmos!
Nada nos impede, nada tem esse poder, a não ser se o permitirmos. O nosso medo impede-nos. A nossa falta de fé nas nossas capacidades, nos nossos próprios sonhos, impede-nos.

Se o nosso mundo é um reflexo do nosso estado interior, então é lógico que a mudança deve vir de dentro. Podemos mudar de perspetiva, encontrar o nosso elemento, a nossa maior motivação interior, a nossa paixão!

Acreditarmos, confiarmos, visualizarmos e dar o derradeiro salto de fé. Nós sentimos a mudança, sentimos a sua energia, seja qual for a frequência que queremos manifestar.

Uma vez que sabemos o que queremos é muito simples permanecer focados, porque mais ninguém pode fazer isso por nós. Só nós sabemos o que queremos, os nossos sonhos pessoais, e o que nos faz prosperar. Mas temos de acreditar em nós próprios. Temos de abrir o nosso coração, ouvir o que ele nos diz, e permitir que ele nos guie.

É impossível saber todo o caminho, vamos aprendendo à medida que se vai desenrolando, que vamos precisando. Constantemente os nossos caminhos se cruzam com os de outros, pois somos todos manifestações de UM.

Para que possamos crescer juntos, nós inspiramo-nos uns aos outros, e tudo começa em cada um de nós. E cada vez que nos sentimos menos motivados, encontramos alguém que nos dá força, com um sorriso, com uma palavra de conforto e esperança, e o ciclo recomeça.

Há tantas maneiras de mudar o mundo, se nós realmente acreditarmos!

Eli de Lemos



Hoje, no início da sua batalha, seja ela qual for, mesmo que pareça difícil dar o primeiro passo, tenha em mente que não está sozinho, há sempre o olhar do amor e do amparo divino, há um universo inteiro a conspirar a seu favor. Confie na sua força, na sua vontade e na sua fé. 
A vitória vem para quem acredita nela. Eu acredito!




Leia também:

SIGA este blog aqui :

Eu Sou GRATA

Eu Sou GRATA