Karma
e Dharma (carma e darma)…
Muitos homens questionam-se por que as
suas vidas são como são; de onde vêm tantas diferenças? Por que a vida é
harmônica para alguns e turbulenta para outros? Por que as coisas não ocorrem
como nós gostaríamos? Existe alguma lei que regulamenta a vida ou ela é fruto
do acaso e é mais feliz quem tiver mais sorte?
As tradições esotéricas do oriente
trazem-nos um conhecimento que pode ser a chave para solucionar estas questões:
Trata-se da Lei do Karma e a Lei do Dharma. Para compreender este conceito
precisamos partir do princípio da reencarnação.
O princípio da reencarnação diz-nos que
nós não somos seres de natureza humana, mas sim que nós somos seres divinos a
viver uma experiência humana. Logo, a nossa consciência (o nosso verdadeiro EU)
já existia muito tempo antes de surgir a humanidade como a conhecemos. Não nos
lembramos disso porque o projecto planetário em que estamos inseridos, visa a
lei do esquecimento da nossa natureza espiritual, a fim de acumularmos
experiências através de inúmeras reencarnações até chegar o momento em que
despertaremos a consciência divina em nós. Mas até chegar esse momento temos um
longo caminho a percorrer.
Sabendo que a nossa essência espiritual
é anterior à matéria e que a mesma ocupa muitos corpos, deve haver uma lei que
regulamenta as condições que o espírito encontrará na sua próxima encarnação.
Esta é a Lei de Acção e Reacção. Esta lei diz que para cada acção nossa
(pensamentos, sentimentos, palavras, etc.) haverá uma reacção correspondente.
Em termos mais simples isso significa que nada passa impune, tudo o que vai
acaba por voltar! O produto da Lei da Acção e Reacção vai constituir os nossos
Karmas (débitos com a Lei Cósmica) e os nossos Dharmas (créditos oriundos das
virtudes que cultivamos).
Precisamos ter estes conceitos bem
nítidos na nossa mente.
Primeiramente, vamos olhar para dentro
de nós mesmos e verificar quais são os nossos karmas (doenças, relacionamentos,
dificuldades financeiras, etc.), e a partir daí tentar compreender o que
precisamos fazer para resgatar o nosso karma. Precisamos estar atentos ao nosso
comportamento diante do nosso karma, pois se ao invés de focarmos a nossa energia
para construir algo de positivo – para transformar
o karma em dharma -, ficarmos a lamentarmo-nos e a gerar sentimentos
densos, certamente estaremos a ampliar o nosso karma.
Ao contrário do que muitos pensam, não
é apenas o sofrimento que nos vai fazer resgatar um karma, é preciso
transformá-lo em dharma. Por exemplo: Se o meu karma é uma doença que foi
somatizada por muitas vidas nutrindo sentimentos densos, a doença física é
apenas a manifestação da doença do nosso espírito, portanto, não basta a dor
física para resgatar o karma, pois o espírito vai continuar doente até que
todos os sentimentos densos (raiva, ódio, mágoa, rancor, orgulho) sejam
transformados em sentimentos nobres e subtis (amor, perdão, compaixão,
fraternidade).
Para alguns, este conceito é motivo de
ceticismo, afinal, se somos de natureza divina, por que então carregamos tantos
defeitos connosco?
É que nós temos a natureza divina em
estado latente na nossa consciência e, estamos aqui justamente para realizar a
Divindade que reside em nós, ou seja, nós temos a semente e agora precisamos
criar as condições para que ela germine e dê frutos. Esse é o nosso papel
enquanto seres divinos a viver esta experiência humana.
Então, ao invés de reclamar dos nossos
karmas, vamos procurar entender onde foi que erramos e o que precisamos fazer
para mudar a situação, agradecendo sempre pela dor que vem com o propósito de
despertar a nossa consciência.
Leandro José
Severgnini
“ Quem Acredita que a Morte é “O
Fim”
Provavelmente não deve crer que após o Sábado vem o Domingo:
O Descanso!
E após o Domingo a Segunda:
O Recomeço!
É a eterna roda viva... Da Vida!"
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